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O filme de arte mais esperado do ano!

  • Tamara Ramos Feijó
  • 11 de dez. de 2017
  • 2 min de leitura

O filme Loving Vincent já nos dá um aperto na garganta logo nos créditos iniciais, quando vemos as icônicas imagens de Starry Night criando vida na imensa tela do cinema. Neste momento, também somos avisados de que o filme foi 100% pintado à mão, o que faz do longa uma obra prima por si só. Todo fã de arte sente o coração apertar ao se deparar com tamanha beleza.

A produção levou seis anos para ser concluída e contou com o trabalho artesanal de mais de cem artistas. Os campos de milho, as noites estreladas das telas de Vincent, a casa amarela, os amigos que ele pintou, os camponeses, os bares, os hotéis e as tavernas que frequentou parecem tão reais que temos a impressão de que estamos caminhando por dentro de cada uma de suas telas!

Os responsáveis por esse filme inigualável são o animador britânico Hugh Welchman, e sua esposa, Dorota Kobiela, uma artista polonesa. 125 artistas trabalharam conjuntamente para pintar os 65.000 quadros individuais do filme, inspirados em cada sequência por pinturas específicas de Van Gogh. A pintura quadro a quadro foi feita por cima do filme, resultando em imagens primorosas! O efeito visual é esmagador, uma imersão de luxo na paleta e no ambiente de um artista célebre.

A trama de Loving Vincent se passa um ano após a sua morte, e conhecemos sua história sob a perspectiva de diversos personagens. O roteiro é fiel à biografia do artista, utilizando suas cartas como referência para a narrativa cinematográfica.

O personagem principal da obra é o amigo da família, Armand Roulin (Douglas Booth), que foi enviado a Paris por seu pai, o carteiro responsável pelo envio das mais de 900 cartas que Van Gogh escreveu, para cumprir com sua última entrega: a carta que Van Gogh escreveu ao irmão Theo antes de morrer.

Os diretores do filme levantam a suspeita de que Van Gogh não se suicidou, mas que fora baleado por um amigo bêbado. Na verdade, toda a trama se baseia nessa suspeita, e cada personagem conta um fato sobre a vida de Vincent que ora nos faz pensar que ele se matou, ora nos faz crer que foi assassinado.

Os especialistas do museu Van Gogh não aceitam a versão de um assassinato. Para eles, está mais do que evidente que o artista tirou a própria vida num momento de melancolia e desespero. O próprio Vincent assumiu a responsabilidade pela bala que estava em seu estômago, quando ainda agonizava em seu leito de morte.

Perturbado pela incapacidade de gerar o próprio sustento, e preocupado com o constante trabalho que dava ao irmão Theo, Vincent teria tirado a própria vida quando soube da gravidez da cunhada, esposa de Theo. Ele não queria continuar a ser um fardo para o irmão, agora que teria ainda mais responsabilidades e gastos com o nascimento de um filho.

O filme é magnífico! A história é contada de uma forma surpreendente e cada cena foi pensada para nos levar a uma profunda jornada por dentro das telas do artista. Imperdível!


 
 
 

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