As competências e habilidades exigidas para o século 21 foram elaboradas pela Unesco em 1996, e pela OECD-PISA (Organização para o Desenvolvimento e Crescimento Econômico), ao final do século 20, e estão em processo de implantação nas escolas do mundo inteiro. O Brasil faz parte dos países avaliados pelo PISA, e também está se atualizando para que sejam feitas as mudanças necessárias em seu Plano Curricular Nacional. É importante observar os parâmetros norteadores da estrutura pedagógica desse novo milênio para que possamos compreender de que forma a arte contribui para a materialização de vários desses conceitos.

 

A UNESCO desenvolveu os 4 pilares da Educação, baseada no Relatório da Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI, coordenada por Jacques Delors. São eles:

 

• Aprender a conhecer –Trata-se da construção do conhecimento, desenvolvendo nos alunos o raciocínio lógico, a capacidade de compreensão, o pensamento dedutivo e intuitivo, e a memória. Deve-se motivar os alunos a desenvolverem sua vontade de aprender e manterem-se interessados em obter conhecimento de forma contínua.

 

• Aprender a fazer – Refere-se à capacidade de comunicação do individuo através de diferentes tipos de linguagens, bem como saber interpretar e selecionar as informações que recebe. O indivíduo deve ser capaz de filtrar as informações, ter capacidade de análise crítica, construir conceitos e mudar de opinião quando necessário.

 

• Aprender a ser – A educação precisa contribuir para o desenvolvimento de todos de forma individual. Esse pilar lida com o que é ser humano. Considera-se a forma intelectual, moral, cultural e as dimensões físicas do ser, de forma mais holística. Desenvolve no indivíduo a integração entre mente e espírito, a sensibilidade e o sentido estético.

 

• Aprender a viver juntos em sociedade – Essa é a principal preocupação da Unesco. Precisamos compreender o outro, aceitar as diferenças e estabelecer laços humanos. Mas para compreender o outro, primeiro precisamos compreender a nós mesmos. O princípio de alteridade é evocado aqui como fator mais importante para o aprendizado social.